O terapeuta é a pessoa que não julga ou critica as atitudes do cliente e também não diz o que ele tem que fazer. Metaforicamente, ele oferece lentes especiais para o autoconhecimento. Essas lentes atuam como espelho retrovisor quando é preciso direcionar o olhar ao passado, ou como binóculo quando é preciso amplificar a visão de si-mesmo. Tem as lentes coloridas que dão mais vida as imagens e as lentes multifocais que permite ver tanto de longe e de perto e de diferentes ângulos.

Portanto, o terapeuta seria uma espécie de facilitador para o cliente conectar-se ao desconhecido, de tornar consciente os conteúdos armazenados no inconsciente, de conhecer o indivíduo na sua integralidade, de provocar uma mudança de atitude na consciência capaz de mudar a forma de pensar, de agir, de produzir e de gerar resultados, transformando a sua dinâmica pessoal, familiar e do trabalho a serviço da vida, de forma que fique bom para as partes e bom para todos.

O terapeuta analítico junguiano conhecedor dos ensinamentos de Carl Gustav Jung tem o papel de guiar o cliente em seu processo de individuação. Colabora para que conteúdos sejam ressignificados, os complexos sejam dissolvidos, comportamentos sejam modelados e os conflitos sejam eliminados, onde se busca fortalecer o ego para que o indivíduo possa agir com discernimento, integridade, liberdade, autonomia e dinamismo.